Equipe econômica decidiu segurar os processos seletivos até a nova proposta ser chancelada pelos parlamentares
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou não ver necessidade da aprovação da reforma administrativa para o governo abrir novos concursos públicos. Uma coisa, disse o parlamentar, não depende da outra para sua efetividade.
Conforme o Estado revelou na segunda, 17, o aval a novos concursos públicos virou moeda de troca do governo para pressionar o Congresso a aprovar a reforma. A equipe econômica decidiu segurar os processos seletivos até a nova proposta ser chancelada pelos parlamentares.
“Não sei se é necessário”, disse Maia ao chegar à Câmara quando foi perguntado sobre a “moeda de troca”. “O governo vai mandar uma reforma para os novos servidores. Eu não sei onde é que tem conflito em melhorar a qualidade do serviço público, acho que se valoriza os próprios servidores públicos que já estão na administração pública. Não vejo nenhuma relação de uma coisa com a outra.”
Em entrevista ao Estado, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, destacou que o importante da reforma administrativa é que ela seja aprovada antes de se começar a fazer concurso público novamente. “Enquanto não aprovar a reforma, não vamos ter espaço para fazer concursos”, afirmou Mansueto.