Se otimismo conquistado pelo novo governo brasileiro for revertido em boas políticas, talvez seja possível que, a partir de 2023, o trânsito de mão de obra qualificada passe a fluir de forma diferente para o país, destaca o Jornal da USP
Sonho de muitos brasileiros, conquistar um diploma universitário costumava significar a entrada em posições privilegiadas no mercado de trabalho. No entanto, nos últimos anos, a valiosa graduação deixou de ser sinônimo de emprego garantido no país.
Considerando isso, em dezembro de 2022, a Fragomen, uma das maiores empresas de imigração do mundo, divulgou que o total de pedidos de vistos de emprego e residência em outro país superou o registrado em 2020, antes da pandemia do novo coronavírus.
A busca por oportunidades em países da Europa ou nos Estados Unidos levou jovens formados a aderirem ao fenômeno que especialistas classificam como “fuga de cérebros” ou “brain drain”, termo em inglês. Em linhas gerais, o fenômeno é mundial e consiste na saída de profissionais qualificados de países menos desenvolvidos em busca de melhores condições de emprego e renda. Os motivos por trás do movimento de migração variam de tempos em tempos.
No caso do Brasil, a última onda de migrantes “não pode ser dissociada do cenário político e econômico que vivenciamos nos últimos anos”, afirma a professora Graziella Maria Comini, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP. Especialista em Gestão de Pessoas do Departamento de Administração, a economista compreende que, em um ambiente “de bastante insegurança e polarização”, o mercado de trabalho brasileiro não foi capaz de reter talentos.
Leia na íntegra: Jornal da USP