Mudanças irão reduzir pressão inflacionária e facilitar controle dos juros, afirma ministro ao Valor Econômico
A reforma tributária manterá a carga de impostos no nível atual, o que ajudará a colocar o Brasil em uma trajetória fiscal sustentável. Combinada com a aprovação conjunta do novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre, as mudanças “sem dúvida” diminuirão pressões inflacionárias e, consequentemente, facilitarão a condução da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC). As afirmações foram feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista exclusiva concedida ao Valor Econômico. Para ele, os últimos atos do governo Bolsonaro e as invasões realizadas no começo do mês em Brasília abrem espaço para a atual gestão ampliar a sua base de apoio no Congresso Nacional.
Em junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN), do qual Haddad faz parte, se reunirá para decidir a meta de inflação de 2026. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os atuais patamares das metas de inflação, que estão em 3,25% para este ano e em 3% tanto para 2024 quanto para 2025. Mas economistas como o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore afirmam que elevar a meta em meio à piora das expectativas “equivale a tentar apagar o fogo com gasolina”.
“Vamos a partir do mês que vem iniciar uma discussão sobre a possibilidade de você ter uma moeda comum”, afirmou Haddad.
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