Entidade fala sobre as trajetórias do ministro da Educação Camilo Santana e da ministra de Ciência e Tecnologia Luciana Santos e as expectativas sobre as gestões
Nesta quinta-feira, dia 22, o presidente Lula anunciou Camilo Santana como o novo ministro da Educação. Santana governou o estado do Ceará por dois mandatos, entre 2015 e 2022, e foi eleito senador do estado nas últimas eleições.
Em sua extensa trajetória política Camilo Santana teve a oportunidade de ocupar o cargo de Superintendente do IBAMA no Ceará, de 2003 a 2004. No ano de 2006 assumiu a Secretaria estadual do Desenvolvimento Agrário e quatro anos depois foi eleito deputado estadual, sendo o mais bem votado. Além disso, integrou a equipe do governo de transição do presidente eleito como um dos coordenadores do grupo técnico de Desenvolvimento Regional.
O futuro ministro assumirá a pasta com o desafio de recompor o orçamento da Educação em todas as esferas, derrubar projetos neoliberais como o Escola sem Partido, Escolas Militarizadas e a Emenda Constitucional 95, o Teto de Gastos.
O Proifes-Federação recebe o nome de Camilo Santana acreditando que o ministério abrirá espaço para diálogos, que é uma das formas de enfrentar problemas como a privatização, um tema que tem causado preocupação nas entidades defensoras da educação pública.
“É importante destacar que o ministro vem de uma liderança com experiência na Educação e representa a esperança de recuperação dos prejuízos causados na educação nos últimos seis anos. Em especial representa a recuperação do espaço de participação dos educadores brasileiros e a recuperação de estruturas necessárias para o desenvolvimento adequado da educação como o FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] e o CNE [Conselho Nacional de Educação], destruídos no governo atual”, afirmou o presidente do Proifes, professor Nilton Brandão.
Brandão finaliza reforçando a necessidade do diálogo com os sindicatos e com a federação para a discussão dos temas pertinentes como a valorização dos trabalhadores e a retomada da autonomia das universidades. O Proifes pretende ter um espaço de apresentação de propostas dentro do MEC e de diálogos junto com as outras entidades em especial com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
Ministério da Ciência e Tecnologia
A vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos foi a escolhida como ministra de Ciência e Tecnologia. Luciana é engenheira e deu início a sua trajetória política no movimento estudantil, foi deputada estadual, deputada federal e prefeita de Olinda por dois mandatos. Além disso, também foi secretária estadual de Ciência e Tecnologia.
O diretor de Ciência e Tecnologia do Proifes-Federação, professor Ênio Pontes que integrou a equipe de transição do governo avaliou a escolha de Luciana Santos como nova ministra da pasta.
“Considero essa uma escolha favorável que vem ao encontro do que foi discutido no relatório de transição, no qual pudemos contribuir de maneira propositiva. A futura ministra se mostra disposta a colocar como prioridade a pauta colocada também pelo Proifes de reajustar o valor das bolsas de mestrado e doutorado. Luciana enfrentará desafios como recuperar o orçamento que foi reduzido em torno de 70% e recuperar a ciência nacional que sofreu bastante nos últimos quatro anos, podemos dizer que a ciência voltará a ser prioridade no país e a terra voltará a ser redonda” afirmou o professor Ênio.
O Proifes pretende colaborar bastante com o trabalho a ser desenvolvido no ministério, prestando todo o apoio necessário, principalmente com o trabalho desenvolvido no GT de ciência e tecnologia da federação.
Fonte: Proifes-Federação