No apagar das luzes, governo Bolsonaro extingue grupo formado para investigar crimes cometidos durante a ditadura militar
O Movimento Humaniza Santa Catarina divulgou uma nota de repúdio sobre a extinção da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) pelo governo Jair Bolsonaro (PL). O órgão, agora vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foi criado em 1995 para investigar crimes cometidos durante a ditadura militar.
Para o Movimento Humaniza SC, “essa iniciativa do atual governo, derrotado nas urnas no último dia 30 de outubro, é mais uma ação autoritária para acobertar os crimes da ditadura militar e desestabilizar a democracia brasileira”. A nota ainda afirma que “essa extinção é inadmissível, já que a função da CEMDP não está concluída”.
Leia a nota na íntegra:
No apagar das luzes de 2022, esse criminoso desgoverno de Jair Bolsonaro quer extinguir a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). Essa iniciativa do atual governo, derrotado nas urnas no último dia 30 de outubro, é mais uma ação autoritária para acobertar os crimes da ditadura militar e desestabilizar a democracia brasileira.
A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos tem a função de localizar e reconhecer os desaparecimentos forçados pela atuação das forças de repressão do regime militar que aterrorizou o país entre 1964 e 1985. O órgão que é uma comissão de Estado e, portanto, não de governo, vem sofrendo diversos desmontes ao longo dos últimos anos e neste momento corre risco de extinção.
E essa extinção é inadmissível, já que a função da CEMDP NÃO está concluída!
O Movimento Humaniza Santa Catarina repudia veementemente a extinção da CEMDP e se soma a todos os esforços que estão sendo efetivados pela sociedade brasileira para impedir mais esse ato autoritário.
Sobre o Movimento
O Movimento Humaniza Santa Catarina foi lançado no dia 22 de novembro no Auditório Paulo Stuart Wright – o Plenarinho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A iniciativa é plural, horizontal e descentralizada, formada por representantes de entidades e personalidades catarinenses. Como continuidade dos trabalhos, o movimento cobra agora diálogo com autoridades sobre o combate à ascensão fascista e neonazista no Estado.
Na cerimônia de lançamento, foi apresentado o manifesto do Movimento Humaniza SC. O documento cita os casos criminosos registrados em Santa Catarina, cometidos por pessoas que “mostram desprezo pelo diverso”. Pessoas físicas e entidades são convidadas a assinarem o manifesto, que está disponível aqui.
Imprensa Apufsc