Mesmo com alta qualificação e dedicação exclusiva aos estudos, pesquisadores recebem mal; considerando a inflação de 2013 a 2022, o valor deveria ser reajustado em 67,97%, segundo o Estadão
O recente bloqueio do pagamento das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que acabou revertido na última quinta-feira, dia 8, abriu uma discussão sobre a remuneração de pesquisadores no Brasil. Além de não sofrerem reajustes desde 2013, as bolsas de estudo para alunos e pesquisadores de pós-graduação oferecem remuneração abaixo do valor de mercado.
Hoje um aluno de mestrado que desenvolve pesquisa em uma universidade pública brasileira recebe R$ 1.500 mensais para se manter, sem poder ter qualquer outro vínculo empregatício. Um aluno de doutorado recebe R$ 2.200. “Se eu não tivesse minha família para me ajudar, eu não conseguiria me manter”, diz Rachel Guimarães, de 42 anos, que faz doutorado em saúde coletiva na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Segundo um estudo realizado pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), se houvesse reajuste inflacionário desde 2013, as bolsas de mestrado e doutorado da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deveriam ter um aumento de 67,97%. O estudo leva em consideração os dados de inflação medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Leia na íntegra: Estadão