Para congressistas, nomear Onyx ministro da Educação seria uma forma de aplacar os ânimos no Parlamento; Weintraub tem sido duramente criticado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia
No Palácio do Planalto, já se fala numa saída honrosa para o ministro Onyx Lorenzoni. Duas hipóteses ganham força: assumir o ministério da Educação, no lugar de Abraham Weintrau, ou uma liderança do governo na Câmara (ele tem mandato de deputado federal), posto que está com Major Vitor Hugo hoje.
Segundo auxiliares palacianos, o presidente ainda tem senso de gratidão muito forte pelo ministro, que é auxiliar de primeira hora – e ainda não chegou no ponto de ex-braços direitos defenestrados de sua confiança, como Santos Cruz e Gustavo Bebianno.
No caso do MEC, o governo conseguiria resolver dois problemas de uma vez. O ministério passa por uma crise em torno do ENEM e Weintraub é persona non grata no Congresso. Portanto, seria uma forma de aplacar os ânimos do Parlamento também. O atual ministro da Educação, aliás, foi trazido ao governo pelo próprio Onyx.
O ministro da Casa Civil foi enfraquecido com a saída do PPI de sua alçada e a demissão dos seus assessores mais próximos nos últimos dias, na crise da viagem à Índia com avião da FAB por um auxiliar seu. Volta nesta sexta-feira, 31, de uma temporada de férias nos Estados Unidos.
As possibilidades de líder na Câmara ou ministro da Educação ainda têm de ser acertadas com o presidente Jair Bolsonaro, que repousa no Alvorada nesta sexta, depois de passar por uma vasectomia.