Segundo relatório da Centro de Estudos Universidade, Sociedade e Ciência da Unifesp, dinheiro foi para o bolo genérico de receita da União
Desde que o financiamento da ciência no Brasil começou a sofrer cortes mais acentuados, em 2010, cerca de R$ 44 bilhões arrecadados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de recursos para o setor no país, deixaram de ser aplicados. A conclusão é de uma investigação feita pelo Centro de Estudos Universidade, Sociedade e Ciência da Unifesp (Sou Ciência), comandada pela cientista Soraya Smaili, ex-reitora da universidade, que se dedica a estudar a política científica do país.
Segundo relatório da instituição, os R$ 44 bilhões saíram do FNDCT e voltaram para o Tesouro Nacional, onde perderam a rubrica de verba da ciência e entraram para o bolo genérico de receita da União.
Os R$ 44 milhões apontados pela investigação são equivalentes a 25 vezes o orçamento do maior e mais caro projeto de infraestrutura científica realizado no país na última década: o acelerador de partículas Sirius, em Campinas (SP), orçado em R$ 1,8 bilhão.
De acordo com o levantamento do Sou Ciência, os institutos de pesquisa federais foram muito prejudicados pela falta de verba nos últimos quatro anos, quando a lacuna entre arrecadação e investimento do FNDCT se ampliou.
Leia na íntegra: O Globo