Em Florianópolis, estudantes se reuniram no Largo da Alfândega nesta terça-feira, dia 18
Ao menos 73 cidades registraram nesta terça-feira, dia 18, manifestações contra cortes do governo Jair Bolsonaro (PL) no orçamento da educação. Os atos foram chamados por entidades estudantis às vésperas do segundo turno presidencial, com adesão de trabalhadores da educação, segundo os organizadores.
Em São Paulo, estudantes de universidades públicas se reuniram na avenida Paulista, na região central da cidade. O presidente, chamado pelos participantes de “inimigo da educação” e “fascista”, foi o principal alvo do protesto, que começou no Masp às 17h e terminou na praça Roosevelt.
Em Brasília, estudantes marcharam no final da manhã na Esplanada dos Ministérios e finalizaram o ato em frente à sede do Ministério da Educação (MEC). Não houve registros de confusão.
Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os alunos aprovaram paralisação total das atividades nesta terça. Além do estado de greve, eles manifestaram apoio a Lula e a Décio Lima (PT), que concorre ao governo do estado.
A paralisação foi aprovada em assembleia do Diretório Central dos Estudantes Luís Travassos (DCE), na sexta-feira, dia 14, e teve como foco mobilizar os alunos para participação no ato de protesto desta terça, que aconteceu em Florianópolis.
A universidade disse que não houve suspensão de aulas por parte da administração central, sendo um dia letivo normal, previsto no calendário acadêmico.
Sob Bolsonaro, os recursos da educação sofrem reduções sistemáticas. No início do mês, o governo bloqueou recursos com impacto nas contas de institutos e universidades federais, que, por sua vez, se posicionaram contra a situação descrita como insustentável para a manutenção das atividades.
O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, chegou a negar o bloqueio e acusou as instituições de motivação política nas queixas. Dias depois, no entanto, anunciou o desbloqueio em razão da pressão política nas vésperas do segundo turno em que Bolsonaro concorre com o ex-presidente Lula.
Fonte: Folha de S. Paulo