Aumento de transtornos mentais e empobrecimento das famílias são apontados como fatores para a agressividade na volta às aulas presenciais
Seis em cada dez professores do país avaliam que os alunos estão mais violentos desde que retornaram às aulas presenciais, após terem ficado dois anos em atividades remotas por causa da pandemia. Para 97,9% dos educadores, o aumento da agressividade atrapalha o aprendizado.
O resultado é de uma pesquisa feita pela Nova Escola, organização social que atua para apoiar professores da educação básica.
O levantamento foi realizado de forma online com 5.305 educadores de todas as regiões brasileiras entre os dias 8 e 22 de julho. Participaram profissionais da educação básica (do infantil ao ensino médio) das redes pública e privada.
Dos entrevistados, 65,8% responderam que os alunos estão mais violentos neste ano, sendo que 22,9% disseram que os casos de violência acontecem mais de uma vez por semana na escola em que atuam. Outros 23,4% afirmam que acontece mais de um caso por mês.
Entre os principais motivos apontados pelos professores para a agressividade dos estudantes estão o aumento de doenças psicológicas por conta do isolamento nesse período (50,6%) e o agravamento da vulnerabilidade das famílias durante a pandemia (46%).