Pesquisa aponta que 58% dos participantes conhecem pessoas que já sofreram limitações ou interferências indevidas
A pesquisa “A liberdade Acadêmica está em risco no Brasil?”, realizada pelo Observatório do Conhecimento em parceria com o Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT) e o Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) revela que professores e acadêmicos nas universidades brasileiras sofrem com insegurança para fazer Ciência. A Apufsc-Sindical é uma das instituições que integra o Observatório.
A primeira fase de resultados da pesquisa, divulgada na última sexta-feira, dia 29, mostrou que 58% dos 1.116 cientistas que participaram do levantamento afirmam conhecer pessoas que já sofreram limitações ou interferências indevidas em suas pesquisas. Além disso, 35% de 855 respondentes afirmaram já ter limitado aspectos das próprias pesquisas e 42% de 823 respondentes já limitaram o conteúdo das próprias aulas por receio de retaliação ou alguma consequência negativa.
Os dados do estudo foram coletados entre agosto e dezembro de 2021 por meio de um questionário com 30 perguntas abertas e de múltipla escolha. Todas as questões eram de resposta opcional e não foi exigida identificação dos respondentes. Nesta primeira fase de resultados, foram apresentadas as informações quantitativas da pesquisa.
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A segunda fase trabalhará com as respostas discursivas para apresentar dados qualitativos da pesquisa. O objetivo é investigar a percepção de docentes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação acerca de violações e ameaças ao exercício da liberdade acadêmica e de cátedra. A partir dessas informações, a intenção é propor peças legislativas que tipifiquem o cerceamento acadêmico.
Imprensa Apufsc