A investigação foi aberta depois que o então ministro afirmou, em entrevista em setembro de 2020, que adolescentes “optam” pelo “homossexualismo” por pertencerem a “famílias desajustadas”, relembra o Correio Braziliense
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nesta segunda-feira, dia 6, que a denúncia contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia seja enviada para a Justiça Federal do Distrito Federal. O argumento é que, ao deixar o governo, ele perdeu o direito ao foro por prerrogativa de função, o que impõe o envio do caso para primeira instância.
A investigação foi aberta depois que o então ministro afirmou, em entrevista em setembro de 2020, que adolescentes “optam” pelo “homossexualismo” por pertencerem a “famílias desajustadas”. Segundo Ribeiro, “o adolescente, que muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo (sic), tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”.
Depois da má repercussão das afirmações que fez na entrevista, Ribeiro disse que sua fala tinha sido retirada de contexto e pediu desculpas. Mas, de acordo com a PGR, com as afirmações que fez o ex-ministro induziu ao “preconceito contra homossexuais colocando-os no campo da anormalidade” e reforçou o “estigma social” contra a população LGBTQIA+.
Leia na íntegra: Correio Braziliense