Em universidades públicas, fatia de formandos caiu, de 2009 a 2019, em áreas como engenharia, agricultura e saúde, afirma a Folha
Na contramão da tendência mundial, o número de diplomados por universidades brasileiras em boa parte das áreas conhecidas como STEM (Ciências, Engenharia, Matemática e Computação) caiu ao longo de uma década. De 67 mil formados nessa área em 2009, o número despencou para 60 mil em 2019.
Esses campos são estratégicos tanto para o mercado de trabalho quanto para inovações científicas, e a queda do número de especializados prejudica ainda mais o país na corrida pela economia do futuro.
O ponto fora da curva foi a área que inclui a engenharia, em que o número de formados triplicou no período.
O levantamento, feito pela consultoria IDados a partir de dados do Inep, mostra que as universidades públicas, especialmente, perderam participação no número de formados em áreas prioritárias para o mercado de trabalho, apesar de um aumento no total de brasileiros com ensino superior na maior parte das carreiras.
Em 6 de 8 setores de conhecimento analisados, elas tiveram queda no percentual de diplomados na comparação com as instituições privadas.
Na comparação entre 2009 e 2019, na área de saúde e bem-estar, por exemplo, o percentual de formados nessas instituições caiu de 20,7% para 16,4%, enquanto a fatia do setor privado subiu de 79,3% para 83,6%. Na de agricultura, silvicultura, pesca e veterinária, a universidade pública perdeu quase 12 pontos percentuais, de 59,2% para 47,8%.
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo