Entidades dão oito dias para que o governo federal abra rodada de negociação. Caso contrário, planejam greve a partir de 23 de março
Esta quarta-feira, dia 16, foi marcada pela mobilização de servidores públicos federais em todo o país para exigir a recomposição salarial de 19,99%, referente às perdas salariais nos três anos de governo Bolsonaro. Um grande ato foi realizado em Brasília, reunindo diferentes entidades representativas da classe.
David Lobão, coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), disse durante o ato: “Hoje não é um dia qualquer. Estamos dizendo ao governo que ele tem oito dias pra nos atender, pra negociar conosco. Esse governo irresponsável está há dois meses com a nossa pauta de reivindicação e até agora não nos deu uma resposta”.
Catarinenses estiveram presentes no ato. Diego Rodolfo Simões de Lima, da sessão de Videira do Sinasefe, afirmou: “A gente não quer aumento, a gente quer reposição inflacionária. Isso é direito, não é regalia”.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina (Sindprevs/SC), que representa os servidores ativos, aposentados e pensionistas do INSS, do Ministério da Saúde e da Anvisa, levou uma caravana para participar da mobilização em Brasília.
No dia 23 de março, o Sinasefe fará plenária nacional para deliberar com a base. E a partir desta quinta, dia 17, vai iniciar processo de assembleias em todo o país para discutir a adesão à greve geral.
O Dia Nacional de Mobilização foi um ultimato para o governo: ou as negociações são abertas, ou no dia 23 de março o serviço público federal vai parar por tempo indeterminado.
Ato em Santa Catarina
Em Santa Catarina, o ato estadual unificado em defesa do serviço público estava agendado para a tarde desta quarta na praça Tancredo Neves, no Centro de Florianópolis, mas não ocorreu devido à instabilidade do tempo. Durante boa parte da tarde, choveu forte na capital catarinense.
Imprensa Apufsc