Auditoria identificou indício de fraude em contrato de R$ 90 milhões do FNDE com a UnB, para elaboração de relatórios sobre a Covid-19. O projeto, que está suspenso, gerou repasses para pessoas ligadas a partidos, afirma o Globo
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) detectou “potencial prejuízo ao erário” de pelo menos R$ 3,3 milhões e favorecimentos políticos indevidos em um convênio assinado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão subordinado ao Ministério da Educação e comandado por indicados do Centrão. O contrato sob suspeita gerou repasses para pessoas ligadas a partidos políticos e até mesmo um alvo preso temporariamente pela Lava-Jato de Curitiba. Segundo a CGU, a maior parte dos repasses não tem comprovação da prestação de serviços.
O convênio foi assinado pelo FNDE com a Universidade de Brasília (UnB) para financiar um projeto de pesquisa cuja finalidade seria entregar relatórios com sugestão de ações “para minimizar o tempo de recuperação do impacto da Covid-19 na região do Distrito Federal”. Para a CGU, o objeto do contrato é excessivamente genérico e não tem relação direta com a educação básica, que é a área de atuação do FNDE. Após os achados da auditoria, finalizada em dezembro, o FNDE recomendou à UnB a suspensão do projeto, para que fossem feitas correções apontadas pela CGU. Com isso, a execução está paralisada. “O acompanhamento da execução do projeto mostrou-se frágil, tendo em vista que não há qualquer ação de controle”, escreveu a Controladoria-Geral da União.
Leia na íntegra: O Globo