Somado às cinco áreas que já tiveram pedidos de exoneração em protesto, 71% dos coordenadores apresentaram oposição à gestão de Cláudia Queda de Toledo
Coordenadores de 30 áreas de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), instituição responsável pela qualidade da pós-graduação no Brasil, apresentaram nesta sexta-feira uma carta com críticas à presidente do órgão, Cláudia Queda de Toledo, dizendo que “não há mais condições mínimas” de trabalho sob a “égide da atual presidência”.
Outros cinco coordenadores entregaram os cargos desde meados de dezembro. Com isso, 35 das 49 áreas, ou 71%, já expressaram publicamente críticas à atual gestão da Capes. O texto foi endereçado ao ministro da Educação, Milton Ribeiro e aos presidentes da Comissão de Educação da Câmara e do Senado, deputada Dorinha Rezende (DEM-TO) e senador Marcelo Castro (MDB-PI), respectivamente.
De acordo com a nova carta, “as ações da presidência, seja na falta de diálogo amplo, necessário e respeitoso, seja na publicação de portarias intempestivas ou desprovidas de recomendações técnicas, que são revogadas pelas suas impertinências, colocam em risco o desenvolvimento sereno e transparente das ações de avaliação”.
Os coordenadores do Capes também resolveram elevar o tom após Toledo afirmar, em entrevista ao jornal O Globo, que as demissões coletivas foram “insurgência” e “deserção”.
“A inabilidade da Presidência que levou ao esgotamento e esgarçamento das relações internas fica evidente no tratamento inadequado dado aos consultores e coordenadores que renunciaram, e que foram qualificados em entrevista aos jornais como “desertores”. Estes pronunciamentos desrespeitosos em nada contribuem para trazê-los de volta e certamente afastam colegas que poderiam se candidatar a recompor essas coordenações neste momento desprovidas de liderança”, rebate o grupo.
Leia na íntegra: O Globo