Além de terem tido menos aulas em 2020, alunos mais pobres enfrentaram dificuldades como falta de internet para estudarem a distância e até ausência de água e sabão nas escolas para higienizar as mãos, destaca o Estadão
A pandemia de covid-19 teve um impacto profundo na educação do País, agravando ainda mais as desigualdades já existentes entre a rede pública e a privada e entre os alunos pobres e ricos, segundo os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 3.
Além de terem tido muito menos aulas (presenciais ou remotas) durante a pandemia, os alunos mais pobres ainda enfrentaram as mais diversas dificuldades estruturais – que foram desde a falta de internet e computadores para estudarem a distância até a ausência de água e sabão nas escolas para higienizar as mãos. Segundo o IBGE, a pandemia representou a maior adversidade já enfrentada pelo ensino básico brasileiro.
A presença simultânea de internet e computador em casa dos estudantes de 15 a 17 anos foi constatada em 54% dos lares, mas a divisão é extremamente desigual. Entre os alunos das escolas privadas, esse porcentual é de 90,5%; já entre os da rede pública não chega à metade (48,6%). Quando o recorte é feito por raça, mais uma camada de desigualdade surge. A grande maioria dos brancos (67,3%) tinha computador e internet, contra 46,8% dos pretos e pardos.
Leia na íntegra: Estadão