A paralisação nacional em defesa da Educação e da Ciência se encerra ontem com manifestações nas ruas de pelo menos 20 Estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em Florianópolis, os manifestantes se reuniram em frente à Catedral, por volta das 16h, e saíram em passeata.
Passeata no centro de Florianópolis Foto: Ilana Cardial
Em todo o país, entre quarta-feira (2) e ontem, entidades que representam os docentes das universidades federais organizaram em parceria com estudantes e técnicos atividades culturais e mostras científicas, além de atendimentos gratuitos à comunidade.
Ontem à tarde, Andes e Proifes ainda não tinham um levantamento de quantas entidades filiadas aderiram à paralisação de 48 horas.
Confira o levantamento feito pela Apufsc nos sites e redes sociais de algumas associações de docentes que decidiram parar nos dias 2 e 3 de outubro:
UFPR
Na Universidade Federal do Paraná, metade dos professores aderiram à paralisação. Ontem, o sindicato dos docentes fez uma panfletagem nos centros que mantiveram as aulas. Hoje, cerca de 200 estudantes e professores levaram projetos de pesquisa para o centro da Cidade e organizam uma passeata às 18h pelas ruas da capital paranaense.
UFES
Na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), os portões amanheceram fechados ontem. Mais tarde, com a liberação, estudantes passaram em sala de aula convocando para a paralisação. A Adufes, que representa os docentes da instituição, promoveu panfletagem, aulas públicas e atividades culturais. Nesta quinta, está previsto um ato público às 17h em frente ao Teatro Universitário.
UFPA
Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) aderiram à paralisação e realizaram ontem um atividade para a comunidade chamada de “Povo com Ciência”. Hoje, eles farão um ato público unificado às 17h.
UFMG
Em Minas Gerais, estudantes e professores organizaram o UFMG na Praça, para mostrar os trabalhos desenvolvidos na universidade e oferecer serviços gratuitos à população. Nesta quinta-feira, haverá um ato público em defesa da educação.
UFRJ
As universidades federais e estaduais do Rio de Janeiro aderiram à greve de 48 horas. Alunos, professores e técnicos universitários vão se concentrar na igreja da Candelária às 16h e caminhar até o prédio da Petrobrás, na Avenida República do Chile. Os atos são em repúdio aos cortes às Universidades e instituições federais, além do projeto de militarização das escolas e do projeto Future-se.
UFMAT
Os docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) farão um político-cultural unificado. Em Cuiabá, a concentração começou às 15h na praça Alencastro. Às 16h acontece a aula pública “a solução é alugar o Brasil?” e em seguida um Sarau.
UnB
Na Universidade Federal de Brasília (UnB) os professores levaram projetos de pesquisa e extensão na rodoviária do Plano Piloto e no aeroporto. Na Sexta-Feira (4/10) haverá Sarau na sede da ADUnB, a partir das 19h. No Sábado (5/10) acontece uma ação institucional da UnB no Parque da Cidade, a partir das 8h30, com aulas públicas, saraus e exposições de projetos e pesquisas da universidade. Na Assembleia que deliberou sobre a greve, os professores decidiram também que a ADUnB deve fazer uma representação no Ministério Público contra o ministro da Educação devido suas declarações difamatórias contra as universidades públicas.
UFAM e UFPI
Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e na Universidade Federal Federal do Piauí (UFPI), os professores organizaram aulas públicas.
UFOP
Na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) os professores decidiram paralisar atividades e fizeram um ato público no início da tarde, assim como no campi de Mariana.
UFG
Na Universidade Federal de Goiás, os professores organizaram atividades com objetivo de aproximar e envolver a comunidade acadêmica. Na manhã de 2 de outubro, alunos e docentes da UFG, IFG e IF Goiano, levaram seus trabalhos, aulas, pesquisas e atividades para a calçada do histórico Grande Hotel, na Avenida Goiás, assim como para a Praça do Bandeirante, no Centro de Goiânia. Uma aula pública foi ministrada na rua para cerca de 200 pessoas. Hoje, está programada uma passeata no Centro até a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
UFRPE
Uma Virada Cultural, com atividades nos três turnos, marcou o primeiro dia das 48 Horas de Greve Nacional UFRPE, em Dois Irmãos, e na Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG). O movimento é organizado por docentes, estudantes, técnicos e representantes dos movimentos sociais. No primeiro dia de Greve foi montada uma grande tenda de circo, onde aconteceram palestras e rodas de diálogo sobre políticas ambientais e o programa “Future-se”, além de oficinas de origami, teatro, fotografia, lambes, crochê, aula de tai chi chuan e apresentações musicais.
UTFPR
Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a programação teve shows de música, debates e oficina de cartazes. A adesão ao movimento foi aprovada em assembleia dos docentes, no último dia 25 de setembro. No dia 2, foi promovido um debate sobre o Future-se e palestras sobre os cortes no orçamento do CNPq e da Capes, além de uma palestra sobre terraplanismo e desaquecimento global. No fim do dia, professores, servidores técnico-administrativos e estudantes realizaram uma assembleia comunitária sobre a defesa da educação. Para esta quinta, está programado um ato unificado em defesa da universidade pública.
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