Além de redução no orçamento para CNPq, entidade cita R$ 2 bilhões que estarão parados no FNDCT, destaca o Globo
O corte de quase R$ 600 milhões feito pelo governo federal este mês no orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a chancela do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), gerou, nesta terça-feira (26), mais uma vez a reação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A entidade, que convocou um manifestação popular nas redes sociais, reforçou a importância da ciência no país — sobretudo no combate à pandemia da Covid-19 —, alertou para a possibilidade de o país viver um “apagão científico” com a falta de recursos e criticou as iniciativas do governo, que definiu como “manobras” contra a lei “que sugerem a intenção deliberada de prejudicar o desenvolvimento científico”.
“O corte no orçamento da ciência, sancionado pelo presidente da República, foi mais um duro golpe para os pesquisadores, que observam reduções progressivas nas verbas para o setor nos últimos anos”, diz a SBPC. “O corte no orçamento do CNPq inviabiliza a pesquisa no Brasil, com resultados calamitosos para nossa economia e induzindo grande número de jovens cientistas a abandonar a carreira ou ir embora do país. Quando mais precisamos da ciência, o governo federal age contra a lei, com manobras que sugerem a intenção deliberada de prejudicar o desenvolvimento científico do Brasil”.
Além do corte de 87% anunciado no início do mês pelo Ministério da Economia, e que pegou até o ministro da Ciência, Marcos Pontes, de surpresa, a organização cita ainda cerca de R$ 2 billhões em recursos que estariam parados no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Leia na íntegra: O Globo