Antes, durante ou depois da pandemia, não há nenhuma política no Ministério da Educação para valorizar os mais de 2 milhões de professores das escolas brasileiras, defende Renata Cafardo em sua coluna no Estadão
Renata Cafardo é jornalista especializada em Educação, repórter especial do Estadão e fundadora da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), neste artigo debate sobre a falta de investimento do governo federal na educação
Em agosto de 2018, quando ainda tínhamos esperança de um país melhor depois das eleições, escrevi sobre os desafios para o novo presidente na área da educação. Era consenso que só haveria evolução se o próximo governo investisse fortemente no professor.
Investir não significava (nem significa hoje) só aumentar salários, apesar da clara disparidade em comparação a profissionais de outras carreiras. Mas, sim, espelhar-se nas experiências de países que conseguiram dar saltos altos e rápidos na educação. Eles estruturaram uma política nacional que considera o docente fundamental para a sociedade.
Hoje, mais de 3 anos depois e já sob a sombra de novas eleições presidenciais, fica claro que passamos o tempo fazendo nada. Enfrentamos na semana passada mais um 15 de outubro, dia do professor, tendo pouco a comemorar.
Estamos lutando contra a covid por um ano e meio, mas não foi só isso. O governo que assumiu o país ignora completamente o que poderia nos permitir ser um Brasil melhor. Na educação, ainda faz o inverso. Tumultua, agride, tira dinheiro, coloca-se como inimigo.
Leia na íntegra: Estadão