Segundo o presidente da Câmara, o governo não está assim tão interessado por causa do desgaste em ano pré-eleitoral, destaca o Valor Econômico
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou a interlocutores que a reforma administrativa ficará na gaveta até ocorrer mobilização dos setores interessados em aprová-la: o governo (que não está assim tão interessado por causa do desgaste em ano pré-eleitoral) e parte do mercado, que fez duras críticas ao parecer votado pela comissão especial e deixou de lado a proposta.
Por outro lado, sindicatos estão em atuação constante para pressionar os deputados a votarem contra o projeto. Essa articulação já fez com que muitos dentro da base aliada do governo se comprometessem com a rejeição do texto, inclusive dentro do PSL, sigla onde estão os aliados mais “ideológicos” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O projeto saiu com grandes resistências na comissão especial porque juízes e promotores do MP foram excluídos, com o argumento de que era inconstitucional tratar dessas categorias por iniciativa legislativa — a proposta de alteração nas carreiras, segundo essa visão, deveria partir do Judiciário. No plenário, o discurso é de que a emenda para incluir juízes e promotores terá grande apoio, mas que sua aprovação pode aumentar resistências no Senado ou levar a maiores chances de judicialização.
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