Com custo mais alto e abstenção de 70% na última edição, exame no computador não avançou, informa Folha de São Paulo
Aposta do Ministério da Educação para modernizar a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a versão digital da prova não será ampliada na próxima edição.
Ao contrário do que previa o plano inicial do MEC, o Enem Digital 2021 não terá a ampliação da oferta de vagas para os candidatos que desejam fazê-lo no computador –foi mantido o mesmo número da última edição, de 101 mil. Também não haverá a aplicação em mais de uma data, como havia sido anunciado.
O Inep, órgão responsável pela aplicação da prova, e o MEC foram questionados sobre por que abandonaram o plano de expandir gradualmente a versão digital, mas não responderam. O planejamento previa a expansão anual até 2026, quando a versão em papel seria extinta.
No último exame, em janeiro deste ano, foi feito o projeto-piloto do Enem no computador. Com projeção de custo quase quatro vezes superior ao da prova em papel, a primeira edição digital teve a maior abstenção já registrada no exame.
A versão digital do Enem 2020 teve abstenção de 71,3% –índice bastante superior ao da versão impressa, que foi de 55,3%.