Em 2020, pelo menos 237 pessoas da comunidade LGBTQIA+ morreram por conta do preconceito, aborda a CNN Brasil
No dia em que o mundo comemora o dia do orgulho LGBTQIA+, Amara Moira, doutora em crítica literária, afirmou que a educação é a peça-chave para que a violência contra a comunidade não aconteça. Amara é a primeira travesti a defender uma tese de doutorado utilizando nome social na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
“Casos recentes de violência [mostram que esta] população [é] considerada menos gente e não tem mobilização. É como se a sociedade não sentisse responsabilidade por esse crime, como se fosse individualizado, ou seja, é apenas homem ou uma pessoa responsável pelo crime, e não a sociedade que criou pessoas capazes de cometer esse tipo de atrocidade. A educação é central para evitar que isso aconteça”, explicou ela em entrevista à CNN.
“[É preciso] Uma educação que permita que a gente esteja nas escolas, que não trate como brincadeira aquela criança que bate no outro porque é ‘viadinho’.”
Segundo dados do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+, feito pelos grupos Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia (GGB), foram contabilizadas mais de cinco mil mortes de pessoas representadas por essas letras em vinte anos.