Matéria do jornal Estado de Minas destaca perda de quase 40% de recursos da instituição, que pode ficar sem caixa para contratos terceirizados, pagamento de bolsas e retorno a atividades presenciais
A maior universidade do estado começou o primeiro semestre letivo na última semana de pés e mãos atados por engenhosa matemática e entraves burocráticos, imersa no turbilhão da crise orçamentária que assola as instituições públicas de ensino superior de Norte a Sul do país. Amargando perda de quase 40% de seus recursos em relação a 2020, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) teme chegar ao fim do ano endividada e com o caixa no vermelho.
Na tradução numérica, são efeitos de um corte e bloqueio de verbas da ordem de R$ 103 milhões. Em bom português, se o cenário não mudar nos próximos meses, poderão ser afetados contratos de terceirizados, pagamento de bolsas e até mesmo o plano de retorno a atividades presenciais. A UFMG faz coro a outras universidades pela recomposição orçamentária pelo menos nos moldes de 2020 e desbloqueio de 13,8% de seus recursos para conseguir pagar as despesas até o fim do ano.
“A situação é gravíssima e o cenário, desolador. Na história da UFMG, nunca vimos uma situação tão drástica”, afirma a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, que falou pela primeira vez sobre a situação orçamentária da instituição em entrevista exclusiva ao Estado de Minas.
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