Esta era uma das demandas do movimento, fundado para levantar a discussão sobre o impacto dos filhos na carreira científica de mulheres e homens
O movimento Parent in Science divulgou, por meio do Instagram, que a partir do próximo dia 15 de abril haverá um espaço próprio disponibilizado na Plataforma Lattes, do CNPq, para inclusão dos registros de períodos de licença maternidade nos currículos de mulheres cientistas que são mães. Esta era uma das demandas do movimento, fundado para levantar a discussão sobre o impacto dos filhos na carreira científica de mulheres e homens. A Plataforma Lattes é onde cientistas divulgam sua produção acadêmica, sendo essencial para a concorrência em editais de financiamento e também em concursos públicos.
A temática foi abordada recentemente em reportagens divulgadas pela Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina. No dia 11 de fevereiro, o dia internacional das mulheres e meninas nas ciências, pesquisadoras trataram do assunto como sendo essencial para a inclusão das mulheres na ciência e para que suas carreiras tivessem essa especificidade considerada.
A professora Miriam Grossi, naquela oportunidade, reforçou a importância de se olhar para os marcadores sociais de diferença entre homens e mulheres, e considerou a maternidade uma questão central a ser debatida. “Queria lembrar para as colegas mais jovens que só tem dez anos as licenças maternidades para as bolsas Capes e CNPq”, relembrou.
No dia internacional da mulher, celebrado em 8 de março, a UFSC retomou o assunto, apresentando as duas professoras da universidade que fazem parte do movimento: Juliana Leonel (Oceanografia) e Juliana Paula da Silva (Química) são embaixadoras do Parent in Science e desenvolvem, dentro dos objetivos do movimento, pautas para dar visibilidade às realidades de mães (e pais) que são discentes de pós-graduação e docentes da instituição. Com base nisso, propõem medidas para diminuir o impacto da parentalidade na carreira.
No post celebrando a conquista, o movimento ressalta que foram dois anos e meio de espera até que a conquista pudesse ser celebrada. A mensagem compartilhada ressalta que o CNPq realizou a evolução do Currículo Lattes para atender a demanda de representantes da comunidade científica nessa direção.
Fonte: Agecom