Até esta sexta-feira, 36% dos titulares deram entrada no processo; próxima semana é a última para que os servidores façam a adesão sem ter o plano interrompido
O atendimento presencial para aderir ao novo plano de saúde da UFSC está com mais de duas horas de espera. Quem aguardava para dar entrada no processo, na tarde desta sexta-feira, reclamou da demora e do número insuficiente de funcionários para fazer o atendimento. Às 16h, cerca de 20 pessoas – todas aposentadas – se revezavam para ocupar as poucas cadeiras disponíveis no local.
“Não nos ofereceram nem água”, disse o professor aposentado do CTC, Carlos Zanchin, de 74 anos, que esperava em pé há mais de um hora. “Não consigo entender por que estão nos fazendo passar por essa situação se nossos dados são os mesmos e já estão todos no sistema.” Enquanto Zanchin conversava com a Apufsc, com a senha de número 35 na mão, o professor Ricardo Oliveira, aposentado do Centro de Ciências Econômicas era finalmente atendido, com a senha de número 12. Ele chegou ao DAS por volta das 13h e ficou na fila por pouco mais de duas horas.
“Não tem água, não tem cadeira, não tem atendente e querem dobrar a cobrança do plano de saúde para o professor”, disse Carlos Mussi, ex-presidente da Apufsc, que também aguardava por atendimento na tarde desta sexta-feira (22). “É um desrespeito da universidade com os professores.”
O processo de adesão ao novo plano de Saúde da UFSC começou no dia 14 e vai até 29 de novembro. Os servidores que realizarem a inscrição neste período já terão a ativação do plano a partir de 1º de dezembro. Quem realizar a migração após este prazo terá que esperar 48 horas para utilizar os serviços contratados. Para não perder a carência, é preciso concluir o processo nos próximos 60 dias.
A adesão pode ser feita online (neste link) ou presencialmente, na Coordenadoria de Saúde Suplementar, localizada no andar térreo da Biblioteca Universitária. O atendimento vai de segunda a sexta-feira das 7h às 19h. Veja aqui os documentos necessários para realizar a migração, tanto online como presencialmente.
Apenas os 5,7 mil titulares podem dar entrada no processo de adesão, levando a documentação dos dependentes. Desse total, só 2.083 fizeram o cadastramento até agora – o que significa que mais da metade ainda não fez a migração e que, na semana que vem, o transtorno pode ser maior.
O diretor do Departamento de Atenção à Saúde (DAS), Paulo Botelho, voltou a dizer que os titulares dos planos devem dar preferência pela migração online, que é mais rápida. Sobre as reclamações dos professores, ele afirmou que está organizando uma nova estratégia de atendimento para a semana que vem, quando o movimento deve ser maior. “Vamos fazer uma triagem na rua, instalar uma barraca na sombra, com água e café, para esclarecer dúvidas, e depois encaminhar para o DAS para finalizar a adesão.” Segundo ele, na semana que vem serão seis atendentes por turno. “Também vamos estudar a possibilidade de ampliar o horário de atendimento até as 22h”