Reportagem do DW mostra que há mais de 20 imunizantes brasileiros em estudo, parte deles com financiamento do governo federal
O Brasil pode ter no futuro uma boa gama de imunizantes contra a covid-19 desenvolvidos por cientistas brasileiros à disposição do sistema de saúde. Conforme a DW Brasil apurou, todos ainda estão em fase preliminar – chamada de fase pré-clínica –, e nenhum deve estar disponível ainda neste ano: ou seja, o combate emergencial à pandemia deve mesmo ser feito com base em vacinas de tecnologia importada.
No entanto, considerando que há chance de a imunidade coletiva contra a covid-19 ainda não ser alcançada no Brasil neste ano e que a doença pode vir a ser uma doença sazonal e exigir, assim como a gripe, vacinação periódica da população, o país estaria mais bem preparado se conseguir desenvolver seus próprios imunizantes contra a doença.
No mais recente relatório sobre o tema divulgado pelo Ministério da Saúde, foram mencionados 16 projetos de pesquisa em andamento em instituições brasileiras – oito deles com financiamento total de R$ 7,8 milhões do governo federal, parte de um chamamento público lançado em abril do ano passado para apoiar iniciativas científicas e tecnológicas de combate à pandemia.
Constam no levantamento do ministério três projetos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), três do Instituto Butantan, sete da Universidade de São Paulo (USP) – um deles em parceria com uma empresa privada –, um da Universidade Federal de Viçosa, um da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em nota encaminhada à reportagem, a pasta informou ainda sobre outro projeto, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com investimento de R$ 2,4 milhões do governo federal. A DW Brasil levantou que há pelo menos outros cinco projetos em estudo no país, sendo quatro iniciativas do Instituto Butantan e uma da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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