O suporte respiratório para uso emergencial foi desenvolvido pela Poli, em parceria com a Marinha
A USP enviou, no dia 15 de janeiro, um lote com 26 equipamentos de suporte respiratório emergencial do Projeto Inspire para hospitais de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Além dos equipamentos, também foram enviados acessórios como baterias, tubos e filtros.
O suporte respiratório para uso emergencial Inspire foi desenvolvido pela Escola Politécnica (Poli) e é produzido em parceria com o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) que, além da montagem final do equipamento, também fornece o apoio logístico.
“O Projeto Inspire teve início em março do ano passado, há dez meses, e felizmente hoje somos capazes de entregar para a população um produto de qualidade, capaz de atender às suas necessidades emergenciais. É muito gratificante participar de um projeto como esse, cumprindo a nossa vocação como universidade pública de pesquisa”, ressaltou o professor da Poli e coordenador do projeto, Raúl Gonzalez Lima.
Os equipamentos foram transportados para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde seguirão para o Amazonas em um voo da Latam Cargo Brasil, por meio do programa Avião Solidário.
Projeto Inspire
O Projeto Inspire surgiu em março do ano passado, ainda no início da pandemia da covid-19. O objetivo da equipe de pesquisadores era desenvolver um equipamento para suporte respiratório de baixo custo, livre de patente, de rápida produção e com insumos nacionais, para oferecer uma alternativa e suprir uma eventual demanda emergencial do aparelho.
O projeto foi submetido a testes clínicos, realizados com pacientes do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e considerado aprovado em todos os modos ventilatórios oferecidos.
Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início da produção do ventilador emergencial Inspire e, até o final do ano passado, 75 equipamentos já haviam sido doados para hospitais nos Estados de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Amazonas.
O projeto tem a participação de aproximadamente 250 pesquisadores e voluntários de diversas unidades da USP e de outras instituições, como o Instituto Federal de São Paulo, e conta com doações de parceiros da iniciativa privada.
Fonte: Jornal da USP