Com 600 mil inscritos a mais do que em 2019 e despesas inéditas de prevenção, o gasto total passou de R$ 550 milhões para R$ 682 milhões
O desafio inédito de realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em meio a uma pandemia exigiu uma série de adaptações, diz Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do processo de avaliação nacional de estudantes do ensino médio. Com 600 mil inscritos a mais do que em 2019 e despesas inéditas de prevenção, o gasto total passou de R$ 550 milhões para R$ 682 milhões.
Lopes pontua, no entanto, que uma nova gráfica fará o serviço de impressão dos testes por “praticamente metade” do valor dos últimos anos. No ano passado, uma série de erros marcou a edição do Enem, um deles envolvendo a própria gráfica, que trocou cartões-resposta o que acarretou em confusão na atribuição das notas.
Este ano, as provas serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro (versão impressa) e depois em 31 de janeiro e 7 de fevereiro (digital). Entre as novidades haverá 36% mais salas de aplicação, como medida central de distanciamento social — pessoas com comorbidade poderão pedir o uso de salas especiais até o dia 7 de janeiro pelo telefone 0800 616161. A seguir, Lopes dá mais detalhes sobre o Enem da Covid-19.
Por que o custo do Enem aumentou?
O aumento de R$ 550 milhões para R$ 682 milhões se deve aos cuidados contra a pandemia da Covid-19. Foram R$ 64 milhões para a a compra de álcool gel e máscaras, a limpeza dos locais de provas e outras medidas sanitárias. Mas, se por um lado foi preciso contratar mais pessoas para aplicar as versões impressa e digital do exame, fizemos uma nova licitação da gráfica que imprimirá as provas e o custo caiu praticamente pela metade. Conseguimos fazer o Enem da Covid-19 sem gastar o dobro.
Leia na íntegra: O Globo