Pesquisa da UFSC aponta que área tem maior taxa de contágio de coronavírus em SC
Com a curva de casos do coronavírus em ascensão, os hospitais da Grande Florianópolis ficaram lotados nesta semana. Os pacientes tiveram dificuldades para encontrar leitos vagos. Quem está na linha de frente não tem como abrigar mais pessoas nas unidades de saúde.
Segundo o governo do estado, nesta quinta-feira, 29, a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) na Grande Florianópolis estava em 71,72%. É a maior taxa entre todas as regiões do estado. O Hospital Florianópolis estava totalmente ocupado. Já o Biguaçu e o Hospital Caridade liberaram um leito cada.
Hospital Florianópolis
Uma das que enfrentou essas dificuldades foi a auxiliar de serviços gerais Mary Chaves, que precisava internar o pai, que estava com sintomas de Covid-19. Na terça, 27, ela buscava vaga para ele à noite no Hospital Florianópolis, referência para o atendimento da doença na região.
O pai dela foi atendido na UPA em São José, mas precisava ser internado. “Ele está com todos os sintomas de Covid. Está com dor no corpo, está com tosse, já não come há alguns dias. Eu acho um absurdo porque ele já está com 68 anos. Ele foi medicado e tal, mas a gente precisa de uma decisão, a gente está aqui na rua esperando. A gente fica muito indignada com essa situação”, disse.
Hospital de Caridade
Nesta quinta, a UTI Covid-19 do Hospital de Caridade, com 20 leitos, estava lotada às 15h30. “As pessoas vão ter que se cuidar um pouco porque elas correm o risco, sim, de não ter leito para internar. Foi um susto porque foi muito rápido. Foi uma coisa que se instalou em poucos dias”, alertou a médica Karin Schemes.
Na unidade, uma ala de terapia intensiva montada exclusivamente para Covid-19 no início da pandemia será reaberta. A Mary Chaves, que procurava um leito para o pai dela na terça, conseguiu vaga no Hospital de Caridade, depois de sete horas de espera, na madrugada de quarta.
Leia na íntegra: G1