Por Edinice Mei Silva
Mais uma vez os filiados da Apufsc-Sindical estão sendo convocados a escolherem os novos dirigentes do sindicato. E mais uma vez como acontece quando se tem mais de uma chapa inscrita, as lembranças são ignoradas, os feitos passados em um passe de mágica se tornam inexistentes, e os enquadramentos ideológicos em polaridades tomam conta das mentes reducionistas – reduzem todos a somente duas categorias, mostrando uma pobreza intelectual que não merece atenção. Atenção deve sim ser dada aos feitos do passado e que têm profunda relevância na atualidade.
A Nova Apufsc-Sindical foi construída por diversas mãos, de forma contínua, por pessoas que trabalharam focados no fortalecimento de um sindicato independente e único representante dos professores das universidades federais em Santa Catarina. O que ela de fato é deve-se aos competentes gestores que presidiram diretorias passadas, exemplos como Armando M.Lisboa, Carlos W. Mussi, Marcio Campos, Wilson Erbs.
Estes gestores, com sua equipe de diretores e funcionários, deixaram uma sólida estrutura que sem sombra de dúvidas, e por causa dela, possibilitou a presente gestão atuar nos últimos dois anos. Para ilustrar o que digo cito a obtenção da Carta Sindical que tornou a Apufsc sindicato independente; a reforma do estatuto, com atenção as modalidades de assembleias e votação eletrônica, a condução por longos anos de processo contra atuação ilegal de uma pretensa secção sindical na Ufsc que, finalmente, teve seu desfecho no corrente ano. O fim da Secção Sindical Andes-Ufsc é fruto de uma batalha judicial levada a cabo por presidentes anteriores a atual gestão.
A atuação política de gestões passadas passa também pelo apoio dado a criação do Proifes-Federação, e as respostas positivas a convites para os encontros promovidos por esta federação, o que manteve a Apufsc participativa e atualizada nos assuntos sindicais de âmbito nacional.
Vale mencionar a consulta junto aos filiados, por votação eletrônica, para eleição a reitoria, observando o que diz a Constituição Brasileira, que gerou por parte de alguns desinformados de que a diretoria da época era contraria a democracia. Respeitar a Constituição e Estatutos é um dever de qualquer cidadão político, o contrario é antidemocratico.
Se o dito acima já não fosse representativo, vale lembrar mais algumas realizações de gestões passadas – aquisição da ampla sede administrativa e social no Max&Flora, instalação de complexo sistema comunicacional virtual conectando todas as sedes, sistemas operacionais atualizados , implantação das sedes nos campi da UFSC, inclusive com aquisição de sede própria em Curitibanos, contratação da primeira auditoria contábil em quarenta anos de existência da Apufsc, utilização responsável e respeitosa dos recursos financeiros do sindicato, o que faz com que hoje a Apufsc tenha dinheiro aplicado possibilitando se pensar na aquisição de uma sede social. Ainda, foi formada uma equipe de funcionários que coloca o sindicato em um patamar de organização com profissionalismo nas tarefas administrativas.
Não é redundante dizer que se atualmente a Apufsc pode ter mais de um jornalista, ter a intenção de adquirir uma sede social, vai dar andamento a questão da filiação a entidade representativa nacional, entre outros, é porque a competência de gestores passados limpou a casa e a deixou muito bem estruturada, inclusive com recursos financeiros em caixa, e com relações sindicais estabelecidas em âmbito nacional.
Edinice Mei Silva é professora aposentada do CSE/CAD
Os artigos publicados nesta seção não refletem necessariamente a opinião da diretoria e/ou dos filiados da Apufsc.