Em entrevista à Folha, presidente da Câmara também falou de medidas que afetam os servidores públicos
Alinhado com a equipe econômica do governo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em entrevista à Folha que vai trabalhar pela aprovação do pacote de medidas de controle dos gastos públicos e flexibilização do Orçamento. “Vou me empenhar tanto ou mais [que na reforma da Previdência]”, disse ao jornal.
Leia alguns trechos da entrevista:
Quais são os pontos mais polêmicos (do pacote)?
Toda a parte dos gatilhos [de medidas para reduzir gastos] é importante. O [ponto] dos 25% de redução de carga horária com redução de salário [para servidores públicos] é polêmico, mas é relevante, é melhor para o servidor, ou então vão sobrar as opções de não pagar salário ou demitir. Os trabalhadores privados não estão repondo os seus salários com essa força que o servidor público recebe. Não é que ele não mereça, é que não tem dinheiro para isso.
O sr. já considerou o pacote ambicioso. Isso significa que o sr. pode não se empenhar tanto como se empenhou na reforma da Previdência?
Vou me empenhar tanto ou mais. Eu acho que a proposta é ambiciosa, mas a gente precisa estar empenhado nela. O que eu puder fazer para ajudar o [presidente do Senado] Davi [Alcolumbre], como ele me ajudou na reforma da Previdência, estou à disposição para ajudar e continuar falando com todos atores para mostrar que isso aqui [pacote] é a favor do brasileiro mais simples. Hoje, os gastos com Previdência e com a administração pública beneficiam quem está no topo da sociedade.
O governo quer aprovar a PEC emergencial, que autoriza medidas imediatas de controle de gastos, até o fim do ano nas duas Casas.
É uma prioridade de todos no curto prazo. Não é simples, é quase impossível, mas vamos trabalhar. Essa história de dar uma parte [da economia de recursos] para emenda de bancada… Isso não existe. Quem vai decidir para onde vão os R$ 20 bilhões, R$ 25 bilhões é o próprio Parlamento, porque o Orçamento agora é impositivo. A decisão final para onde vai esse dinheiro é do Parlamento.
Leia na íntegra: Folha