O contrato foi assinado com a gráfica Plural, depois de disputa na Justiça
OExame Nacional do Ensino Médio (Enem) será impresso este ano na gráfica onde a prova foi roubada em 2009. Depois de disputa na Justiça, a Gráfica Plural acabou assinando na sexta-feira o contrato com o Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep) do Ministério da Educação (MEC). O processo de licitação para escolha da empresa estava parado por causa de questionamentos sobre requisitos de segurança.
A Plural é a empresa de onde o Enem foi roubado em 2009, o que causou o adiamento da prova, caso revelado pelo Estadão. As pessoas que roubaram a prova haviam sido contratadas pelo consórcio responsável pelo exame na época e trabalhavam dentro da gráfica, em um ambiente criado de última hora para as provas serem encaixotadas. Um deles saiu com o Enem na cueca. Depois que o Estadão revelou a história, o MEC cancelou a prova que, pela primeira vez, seria transformada em um grande vestibular, com vagas selecionadas por meio do Sisu.
A Plural – que faz parte do Grupo Folha – afirma que foi modernizada e adequou seus requisitos de segurança desde então. A empresa não foi considerada culpada no processo que investigou o roubo do Enem porque não foi ela que contratou os responsáveis pelo crime e, sim, o consórcio contratado pelo Inep. Até hoje, no entanto, apesar de tentar, ela nunca havia conseguido imprimir o Enem.
A vencedora das licitações tinha sido sempre a mesma gráfica, a RR Donnelley, mas no ano passado a empresa decretou falência. Em 2019, a Valid S.A. assumiu o serviço porque havia ficado em terceiro lugar em uma das licitações e a segunda colocada havia desistido.
O Enem de 2020 será apenas em 17 e 24 de janeiro de 2021 por causa da pandemia. Foram inscritos 5,8 candidatos para a prova. Uma versão digital será em 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021.
Leian na íntegra: Estadão