Em falha da segurança, candidato entrou com celular na sala, fotografou a prova e divulgou a imagem nas redes sociais
O primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do governo Bolsonaro foi marcado por uma falha na segurança. Um dos candidatos conseguiu entrar no local da prova com um celular, que usou para tirar uma foto e postar a imagem nas redes sociais.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, confirmou que a foto era mesmo da prova aplicada nesse domingo (03), mas minimizou o vazamento. “A foto é verdadeira, mas em nada compromete a realização do Enem”, disse Weintraub em vídeo postado em sua conta no Twitter.
Em nota, o Inep confirmou que a imagem é real, mas afirmou que ela foi divulgada após a realização dos procedimentos de segurança, quando os estudantes já estavam todos nas salas de aplicação. Portanto, não houve prejuízo aos participantes.
Pelas regras do exame, é proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de aplicação do Enem, como celulares. Eles devem ser desligados e colocados dentro do envelope porta-objetos que cada candidato recebe. O uso desses objetos leva à eliminação do candidato. A Polícia Federal segue investigando o caso.
“A cara do Governo Bolsonaro”
Alvo de polêmicas desde a campanha presidencial por conta de questões consideradas “doutrinárias” pelo então candidato Jair Bolsonaro, a primeira prova do Enem não trouxe nenhuma pergunta sobre a ditadura militar, tema que constava nas últimas oito edições do exame. Em entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que este é o primeiro “Enem do novo ciclo”.
“Podemos falar em regime militar ao invés de ditadura, mas é uma discussão que não vai levar a nenhum lugar. Ao contrário das edições anteriores, onde vimos sujeira, doutrinação e problemas cabulosos com gráficas, este exame foi um sucesso. A cara do governo Bolsonaro”, avaliou o ministro.
A segunda prova do Enem será no próximo domingo, dia 10.
Leia na íntegra: Carta Capital e VEJA