Alunos e professores deverão usar máscara, temperatura será aferida todos os dias e horário de saída deverá ser escalonado. Data para retorno ainda não foi definida
A Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina apresentou nesta terça-feira (28) o primeiro conjunto com diretrizes para a retomada das aulas presenciais na rede de ensino. A volta para as salas de aula ainda não tem data para ocorrer e depende da situação do coronavírus no Estado, mas o documento de 47 páginas traz uma série de normas que deverão regrar o funcionamento das escolas no pós-pandemia.
O protocolo é o resultado de uma série de debates entre as 15 entidades que integram o Comitê de Retomada das Aulas Presenciais. Além de órgãos do governo, participam várias entidades e sindicatos ligados à educação.
Entre os pontos práticos da retomada, o documento prevê que a volta presencial seja feita gradativamente — dividida por níveis ou cursos —, e também aponta a possibilidade de atividades em dias alternados para ampliar o distanciamento social. Professores deverão usar máscara descartável e trocá-las ao final de cada aula, enquanto alunos poderão usar máscaras de tecido ou descartáveis, que também deverão ser trocadas a cada duas horas. As escolas deverão aferir a temperatura de todos na entrada da unidade e proibir a passagem de quem registrar temperatura igual ou superior a 37,8ºC.
O protocolo também prevê a possibilidade de que as escolas apliquem um horário escalonado de saída dos alunos, assim como os horários de intervalo, refeições, uso de ginásio e quadras, bibliotecas, pátios, etc. Está prevista também a suspensão das atividades esportivas coletivas — como futebol e vôlei — e a possibilidade de aulas de educação física somente teóricas.
Conforme o decreto do governo do Estado, as aulas presenciais em Santa Catarina estão suspensas pelo menos até 7 de setembro. O protocolo não trata sobre datas, mas o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, afirma o ensino presencial só retornará quando for possível para todas as redes:
— A nossa fonte de informações precisas é a Secretaria de Estado da Saúde. É com base nesses dados que nós tomamos as decisões no âmbito da educação. A premissa é a segurança para com os nossos estudantes. segurança com os professores, profissionais da educação, A escola é esse ambiente de aglomeração, mas também de informação para reforçar os cuidados. Estamos fazendo um acompanhamento diário, e quando houver informações favoráveis para retorno, vamos comunicar com a devida antecedência.
O público principal das diretrizes são os alunos com mais de 14 anos, no ensino médio, superior, EJA e ensino profissionalizante. No entanto, os protocolos específicos para o ensino fundamental e infantil vão se basear nas definições desse documento, com as particularidades de cada fase da educação. Também há indicação para que sejam criados Planos de Contingência Regional e Municipal de prevenção, monitoramento e controle da disseminação da covid-19, levando em conta características locais e a possibilidade de regramentos sanitários emitidos pelos municípios.
Leia a matéria na íntegra e confira as principais diretrizes: Diário Catarinense