Universidade alega que novas datas da divulgação do resultado do exame impossibilitam matrículas
A Unicamp anunciou, nesta quarta-feira (22), que não será possível o ingresso por meio do Enem para 2021. A universidade alega incompatibilidade de calendário com o Enem. Isso porque, segundo o MEC, a nova data para divulgação dos resultados do exame é no dia 29 de março, já o início do ano letivo na Unicamp está previsto para o dia 15 de março.
Agora, as 639 vagas previstas via edital serão transferidas para o vestibular — totalizando, assim, 3.234 vagas. Em nota, a universidade informa também que a reserva de vagas do exame para candidatos de escola pública (10%) e candidatos autodeclarados pretos e pardos (10%) ficarão garantidos — este último soma aos 15% que já eram previstos no vestibular.
No dia 10 de julho, a Unicamp divulgou as novas datas para o vestibular de 2021. A primeira fase acontece entre os dias 6 e 7 de janeiro e a segunda nos dias 7 e 8 de fevereiro.
Pela primeira vez, o vestibular da universidade será aplicado em dia de semana — entre uma quarta e quinta-feira. As datas foram mudadas em decorrência da pandemia de Covid-19.
No início de junho, a Unicamp anunciou que as provas da primeira fase seriam divididas em dois dias, de acordo com a área do curso escolhido pelos candidatos. Assim, os candidatos aos cursos de ciências humanas, artes, exatas e tecnológicas farão a prova no primeiro dia e aqueles que optarem por cursos de ciências biológicas ou de saúde fazem a prova no dia seguinte. As medidas foram uma forma encontrada pela universidade de evitar a aglomeração dos candidatos nos dias de prova.
Além disso, as provas desta primeira fase terão questões reduzidas, antes eram 90 e agora serão 72. Ao todo serão 12 questões de língua portuguesa e literatura, 12 de matemática e oito questões para cada disciplina: biologia, física, geografia/sociologia, história/filosofia, inglês e química. O tempo para a realização também sofreu alteração, se antes poderia ser feito em cinco horas, passou para quatro.
Fonte: Folha