Para o presidente da Câmara, o país está sem um ministro da Educação há um ano e meio
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste domingo, 5, que os “lunáticos conseguem prevalecer” ao comentar o impasse em torno do comando do Ministério da Educação.
O deputado federal deu a declaração durante entrevista à GloboNews, na qual também falou sobre fake news, relacionamento com o governo federal, questões ambientais e medidas para a recuperação econômica do país.
Desde a última quarta-feira, 1º de julho, quando a nomeação de Carlos Alberto Decotelli foi anulada, o cargo de titular do MEC está desocupado, mas, para Maia, o país está sem um ministro da Educação há um ano e meio.
Nos últimos dias, ganhou força o nome do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para a vaga aberta com a saída de Decotelli. A indicação contava com o aval do PSD, partido do Centrão que se aproximou do Palácio do Planalto nos últimos meses. Entretanto, Feder foi alvo de várias críticas de grupos ideológicos ligados ao presidente Jair Bolsonaro. A indicação também não era vista com bons olhos por evangélicos que apoiam o governo.
Em uma rede social, Feder disse que foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o ministro da Educação, mas que decidiu rejeitar a proposta e seguir com o projeto no Paraná. Sem citar o nome de Feder, Maia disse à GloboNews que ele estava passando por um processo de fritura nas redes sociais, o que, na avaliação do parlamentar, é “lamentável”.
“Hoje [domingo], um teve que dizer que estava desistindo do ministério, quer dizer, porque tava sendo fritado nas redes sociais, quer dizer, uma coisa lamentável. É um quadro que parece, eu não conheço, parece de qualidade. Talvez fosse convidado, talvez fosse um bom ministro. Agora, os lunáticos conseguem prevalecer em um debate onde a racionalidade devia ser a principal palavra”, disse o presidente da Câmara.
Em outro momento da entrevista, Maia disse esperar que os “lunáticos deixem de ser relevantes nas redes sociais, na influência ao gabinete” do presidente Jair Bolsonaro. Sem citar Weintraub, Maia disse que “um dos lunáticos” está nos Estados Unidos. O ex-ministro foi para o país norte-americano após deixar o MEC com a expectativa de assumir cargo de direção no Banco Mundial.
“Eu espero que o Banco Mundial tenha juízo e saiba escolher bem os seus diretores. O Banco Mundial não merece esse tipo de política”, afirmou Maia. Ainda sobre Educação, o presidente da Câmara disse que a Casa deve votar, em até duas semanas, proposta que institui o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Leia na íntegra: G1