Quando iniciou a atual gestão da Apufsc, nossa associação sindical docente estava imersa em crises, sendo a crise de representatividade a mais visível e emblemática. A escolha do prof. Armando de Melo Lisboa para a presidência da Apufsc resultou de um certo consenso em torno de suas características, perfil e trajetória. Tratava-se de um professor com uma longa e respeitável carreira, de um cidadão de integridade inquestionável, de um colega com história no movimento docente.
A pauta de pendências colocada à mesa da Diretoria incluía, entre tantas, a sensível questão dos planos de saúde, a controvérsia das fundações universitárias e a hecatombe da URP surrupiada. Questões com alto teor de conflito, que dividiam opiniões, contrapunham concepções e encaminhamentos e demandavam urgentes e competentes deliberações.
Um contexto com tais ingredientes exigia um corpo dirigente unificado em torno de sua liderança, afinidade em procedimentos, solidário em suas deliberações. Por razões que caberia melhor investigar, foi tudo o que não tivemos. Pelo contrário, o que vimos foi uma conflagração interna, dirigentes em aberta insubordinação aos parâmetros mínimos de funcionalidade organizacional, de convivência e civilidade. É sempre muito difícil identificar a origem, as motivações e interesses de tais entropias, e mais ainda isolar responsabilidades. O mais provável é que resultem de circunstâncias e contextos críticos, que combinem perversamente elementos já de si problemáticos, para além de intencionalidades individualizadas.
Obviamente estas divergências na direção da entidade extrapolaram para o conjunto dos docentes filiados. Paradoxalmente, avivaram o interesse em torno da Apufsc, aglutinando mais professores no sindicato, revitalizando-o.
Em tal contexto e como resultado destas circunstâncias, foi deflagrado um processo de renovação e desejável revigoramento da Apufsc. Qualquer mudança, envolve riscos, temores e resistências. É preciso avançar apesar de tudo. Avançar como imperativo de resgatar o prestígio da entidade e de sua representatividade, afirmando a dignidade e a legitimidade da luta sindical, que se abre solidariamente para as lutas sociais, comprometidas com o destino comum de nosso povo, ainda carente de direitos, liberdades e justiça.
No momento em que está para encerrar-se o período de gestão da atual diretoria, queremos conclamar seus integrantes para que estejam a altura deste momento e de suas tarefas, e reiterar um enfático voto de confiança na liderança e no papel da Apufsc e de sua presidência. Destacando o presidente de nossa entidade, que mesmo incompreendido por alguns, tem dedicado seus melhores esforços, talentos e integridade ao exercício destas altas responsabilidades, que nós professores democraticamente lhe delegamos.
Subscrevem os professores: Fernando Milman (MTM-CFM), Luís Carlos Cancellier (CCJ), Henrique Finco (CCE), Rogério Portanova (CCJ), Armen Mamignonian (CFH-Aposentado), Paulo Philippi (CTC), Clair Castilhos (CCS), José Messias Bastos (GCN-CFH), Gerônimo Wanderley Machado (CSE–Aposentado), Marcos Aurélio Silva (GCN-CFH), Remy J. Fontana (SPO-CFH), Bob Samohyl (CTC), José Fletes (CTC), Miriam Pillar Grossi (ANT-CFH), Ilse Scherer-Warren (SPO-CFH), Alai Garcia Diniz (CCE), Hector R. Leis (SPO-CFH), Itamar Aguiar (SPO-CFH), João Carlos dos Santos Fagundes (EEL-CTC), Ronaldo Ferreira (ECV-CTC), Pedro Antonio Vieira (CNM-CSE)