Instalada no dia 17 de fevereiro, a comissão de implantação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) trabalha para cumprir o cronograma e garantir o funcionamento da nova instituição em março de 2010, com dois mil alunos e 120 professores contratados.
A comissão é formada pelos professores Dilvo Ristoff (presidente), Bernadete Limongi (vice-presidente), Gelson Luiz Albuquerque – todos da UFSC, instituição tutora da nova universidaded+ Antônio Diomário de Queiroz, presidente da Fapescd+ Ricardo Rossatto, da Faculdade Luterana de Santa Maria (RS)d+ Conceição Paludo, da Universidade Federal de Pelotas (RS)d+ Paulo Alves Lima, da Unicit (SP)d+ Antônio Inácio Andreolli, da Universidade de Ijuí (RS)d+ Solange Maria Alves, da UnoChapecód+ Marco Aurélio Souza Brito, representando o MECd+ e João Carlos de Souza, da Capes e está funcionando no Inpeau (Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária), no Centro Sócio-Econômico da UFSC.
A UFFS irá funcionar em cinco campi espalhados pelos três estados do Sul do Brasil: Cerro Largo e Erechim, no Rio Grande do Sul, Chapecó, em Santa Catarina, que será a sede administrativa, e Realeza e Laranjeiras do Sul, no Paraná. A meta é contar, em quatro anos, com 10 mil alunos de graduação, mestrado e doutorado, 500 professores e 400 servidores técnico-administrativos distribuídos em cursos voltados para as áreas de tecnologia, agricultura familiar, licenciatura e saúde popular. Ao final deste período, a previsão é que a nova instituição conte com um orçamento anual de R$ 194,5 milhões.
Ex-integrante da Comissão Especial de Avaliação, que elaborou a proposta para a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e ex-diretor de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, no governo Lula, Dilvo Ristoff destaca que a UFFS sai do papel por conta da pressão dos movimentos sociais da região. “Uma pressão que encontrou solo fértil no governo Lula, comprometido com a democratização do acesso ao ensino superior desde o primeiro mandato”, avalia. O presidente da comissão de implantação da nova instituição destaca ainda o papel que a UFFS deverá ter na recuperação econômica da região, que tem sofrido um paulatino empobrecimento nas últimas décadas.
Enquanto o projeto de lei 3774/08, que cria a UFFS, tramita na Câmara dos Deputados, a comissão de implantação pretende seguir a programação que prevê, neste mês de março, a definição dos cursos que serão oferecidos nos cinco campi, bem como a definição dos núcleos temáticos de pesquisa e programas de extensão. Em abril, a comissão pretende definir os projetos pedagógicos dos cursos e trabalha na perspectiva de que o projeto de lei seja aprovado em maio.
A comissão também pretende publicar os editais dos concursos para contratação de professores e servidores técnico-administrativos em junho e realizar os concursos até setembro.
Ristoff ressalta que o processo para seleção de alunos deve seguir o calendário da UFSC, com o vestibular sendo realizado na mesma data prevista pela universidade sediada em Florianópolis. A forma de ingresso na UFFS será definida até junho.
A definição dos campi trabalha na perspectivas de áreas em torno de 100 hectares doadas para a universidade. “Temos quatro propostas de áreas de particulares em Chapecó e de terrenos nos demais municípios”, informa. A comissão também trabalha com alternativas de locais para funcionamento provisório para garantir o início das aulas em 2010. “Não existem condições ideais para a instalação da universidade. Temos que começar e a partir daí o processo se torna irreversível”, conclui Ristoff.