Na última terça-feira, dia 10, a Adessc (Associação dos Docentes de Ensino Superior de Santa Catarina), entidade que representa os professores do sistema Acafe e das faculdades privadas no estado, realizou ato no Cesusc (Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina) em protesto contra a demissão de 15 professores, número não confirmado pela direção da faculdade, promovido por aquela instituição. A manifestação contou com a participação, pela diretoria da Apufsc, dos professores Armando Lisboa e Geronimo Machado, além do apoio do SindSaúde, Sindprevs, deputado Amauri Soares e outras entidades.
Entre os demitidos estão os professores Geraldo Barbosa, presidente da Adesscd+ Eduardo Guerini, diretor de Seguridade Social da entidaded+ Adriano de Bortoli, representante docente no colegiado do curso de Direitod+ e Álvaro Andreucci, integrante da Comissão de Negociação eleita em Assembléia Geral pelos professores do Cesusc.
Para a Adessc, as demissões de dirigentes e lideranças sindicais representam “um ataque aos mais elementares princípios de democracia universitária e configura um ato de retaliação e prática antissindical”. A entidade reivindica a reintegração de todos os dispensados ou ingressará com ação judicial e denunciará a postura do Cesusc à Organização Internacional do Trabalho.
A Adessc também denuncia que as demais demissões desobedeceram ao que estabelece o artigo 53 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, já que a decisão não foi discutida e aprovada pelos órgãos colegiados da instituição.
Por conta de uma disputa judicial com o Sinproesc (Sindicato dos Professores do Estado de Santa Catarina), a Adessc foi proibida de ser seção sindical da Andes, pois o Sinproesc contesta o direito da Andes representar os docentes das particulares em SC. A Andes, no Conad de 2008, deliberou por desvincular a Adessc da sua estrutura, em função da alta multa advinda de decisão judicial que a Andes teria de pagar caso mantivesse a Adessc. Também a Adessc, em assembléia, aprovou alteração estatutária se desvinculando da Andes, voltando a atuar como Associação. Para a Adessc, a direção do Cesusc, composta de pessoas que tiveram ligações profissionais ou de militância com o movimento sindical, aproveitou a situação para demitir lideranças dos professores e dirigentes de uma entidade que, na prática, atua como sindicato.
Entendemos que isto compromete profundamente a credibilidade do Cesusc, ainda mais porque esta unidade de ensino se notabilizou por oferecer um curso de Direito que se destaca por sua criticidade, seu compromisso social e com os direitos humanos.