No dia 30 de março, o MEC apresentou à Andifes uma proposta de unificação dos vestibulares das instituições federais de ensino. Baseada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a proposta do Ministério da Educação e segue o modelo do Scholastic Assessment Test (SAT), aplicado nos Estados Unidos.
Os alunos do ensino médio fariam a prova do Enem, receberiam sua nota, e as Ifes, por sua vez, definiriam uma pontuação mínima para ingresso em seus cursos. Assim, alega o ministro Fernando Haddad, um estudante do Ceará poderia tentar vaga num curso no Rio de Janeiro e vice-versa. Como forma de estímulo para as universidades federais aderirem à proposição, o governo acena com um aumento nas verbas de assistência estudantil.
COMO SERIA
– Prova Nacional: Estudantes de todo o país fariam provas iguais, na mesma data. O Enem atual, que seleciona candidatos ao ProUni, ocorre em 1.300 municípios.
– Abrangência: A nota obtida permitiria o ingresso em todas as universidades que aderirem ao novo vestibular, sejam federais, estaduais, municipais ou privadas.
– Conteúdo: Estão previstas quatro provas, com 50 questões de múltipla escolha: língua portuguesa, estrangeira e redaçãod+ matemáticad+ ciências da natureza (física, química, biologia)d+ e ciências humanas (história e geografia, podendo haver itens de sociologia e filosofia).
– Nota de Corte: Cada instituição definiria a pontuação mínima para ingresso, que pode variar em cada curso.
– Mobilidade: Um candidato que faça a prova no Rio e obtenha pontuação suficiente para estudar no Ceará poderia matricular-se na instituição cearense e viceversa.
– 2ª Fase: As instituições têm liberdade para realizar uma segunda etapa de seleção, com provas teóricas ou práticas.
– Data: O MEC quer aplicar o novo Enem pela primeira vez em outubro. Sugere a realização do exame pelo menos duas vezes por ano.