Uma nova reunião entre servidores técnico-administrativos das universidades públicas federais e o Ministério do Planejamento será marcada, para discutir as reivindicações da categoria, abordadas no encontro de hoje (20), informou a assessoria do ministério.
Segundo a coordenadora geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Léia de Souza, “nessa próxima reunião esperamos avançar para uma proposta ideal”.
Entre os principais itens reivindicados, ela citou a aceleração do processo de negociação, recursos para elevar o piso e o teto salarial, e simulação de uma tabela de reajustes.
A categoria reivindica piso salarial correspondente a três salários mínimos, explicou, e atualmente o valor é de R$ 700. E o teto salarial é de R$ 2.500, “o que recebemos quando nos aposentamos com mestrado, doutorado”. Léia de Souza informou que “o governo já sinalizou com a possibilidade de o piso chegar a R$ 700 e o teto, a R$ 5.200”.
INCRA
Na última sexta-feira, dia 20, os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) promoveram um ato público em frente à instituição, em Florianópolis para marcar dois meses de paralisação. Mais de 80% das unidades do Incra em todo o país estão em greve.
Os servidores do Incra reivindicam aumento salarial, criação de um plano de cargos e salários, reestruturação da carreira e realização de concurso público para admissão de novos servidores. A falta de equiparação das condições de trabalho dos servidores do Incra com os servidores de outros órgãos federais assemelhados é admitida pelo próprio governo que, no entanto, não parece disposto à ceder às reivindicações dos grevistas.
No Incra, esta é a quinta greve no governo Lula. “As nossas reivindicações são as mesmas de sempre: melhores salários, reforma agrária e a reestruturação do órgão”, afirma a secretária de Organização Sindical do Sintrafesc e servidora do Incra, Maria das Graças Albert. “Mas temos esperança, porque o governo aceitou negociar, mesmo com o(a)s servidore(a)s em greve, pois sabe que a paralisação é forte e não vamos desistir”, acrescentou.
CULTURA
Mais uma reunião dos servidores do Ministério da Cultura, em greve há mais de 60 dias, com representantes do Ministério do Planejamento terminou sem acordo. A reunião ocorreu na última sexta-feira. A expectativa da categoria era de que o governo apresentasse proposta formal para a implantação efetiva do Plano Especial de Cargos da Cultura.
“Mais uma vez, o governo não nos apresentou nenhuma proposta formal. O que vimos ontem foram apenas ameaças para que voltemos ao trabalho”, disseJúlia Guedes, representante do Comando Nacional de Greve dos Servidores da Cultura.
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