Novas paralisações pressionam o governo

Os vários impasses nas negociações de cargos e salários, o projeto de ajuste fiscal que pode reduzir despesas com o pessoal e a proposta de congelamento salarial fazem com que a greve se espalhe por diversos setores do serviço público federal.

Trabalhadores da justiça federal, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e a carreira do Meio Ambiente, que inclui servidores do Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes, Ibama e Serviço Florestal Brasileiro, deflagraram paralisações nas últimas semanas por reajuste salarial, cumprimento de acordos e por mudanças na estrutura de suas carreiras.

No Judiciário federal, que reúne os servidores da Justiça Federal, Eleitoral e do Trabalho, 18 estados já entraram em greve desde o dia 3 de maio, incluindo Santa Catarina, de acordo com informações da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União). Seis estados e o Distrito Federal ainda discutem sobre a adesão à paralisação.

Os trabalhadores reivindicam a aprovação do projeto de lei 6613/09, que revisa o plano de cargos e salários da categoria, e protestam contra o PLP 549/09.

No dia 11, os servidores da carreira de Especialista em Meio Ambiente entregaram uma lista assinada por 580 fiscais ambientais e 150 comissionados entregando seus cargos em protesto contra o impasse nas negociações com o governo.

No dia seguinte, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou que a greve no setor ambiental pode continuar, mas com o retorno ao trabalho dos serviços de serviços de fiscalização e licenciamento ambientais, considerados essenciais pelo Tribunal.