A Apufsc está promovendo um encontro político-sindical em que será discutida a situação da Educação no Brasil e o descaso do Governo Federal com os professores das Instituições Federais de Ensino Superior. Denominado de Concerto da Indignação, já que haverá apresentação de grupos musicais, o evento acontecerá no dia 19 de setembro, às 19h, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, com a participação de professores, sindicalistas, políticos e estudantes. Além dos conceitos de natureza política e sindical, o Concerto também vai ter um viés social e cultural, já que haverá arrecadação de donativos para os atingidos pelas enchentes em Santa Catarina e apresentação de grupo de choro.
A realidade salarial dos docentes universitários, hoje, é pior do que em 1998, quando foi instituída a Gratificação de Estímulo à Docência (GED). Em comparação a outras categorias do Governo Federal, os salários dos professores das universidades federais brasileiras estão bastante defasados. Por exemplo, com relação a carreira de Pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), carreira que possue alguma similitude com a do magistério superior, a remuneração relativa do professor universitário é bem menor. Um pesquisador mestre do MCT, com 40 horas, tem um salário 113% superior a um professor com mesma titulação e mesma carga horária. Em final de carreira esta diferença chega a 149%. Mesmo os professores doutores em dedicação exclusiva, tem uma remuneração menor que os pesquisadores do MCT em 40 horas com uma remuneração média menor em 25%.