Para diminuir o risco de disseminação da gripe A, universidades catarinenses estão simplificando ou transferindo cerimônias de formatura.
Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a cerimônia do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, marcado para sábado, será mais curta. Os formandos dizem entender as razões da universidade, mas tentam negociar com a reitoria desde a semana passada para prolongar a colação de grau.
— Entendemos a preocupação (da universidade) — afirma Sheila Karoline Kusterko, 25.
— De qualquer forma, nos sentimos frustrados por não podermos expressar nossos sentimentos — completa a colega Priscila Batista Campos, 22 anos.
As formandas questionam se não é um contrassenso da universidade as aulas não terem sido canceladas, enquanto as formaturas precisam ser mais curtas. Segundo o diretor do departamento de cultura e eventos da UFSC, Luiz Roberto Barbosa, a universidade reduziu o tempo da cerimônia porque segue orientações da Vigilância Sanitária.
Os eventos, que antes eram de até duas horas e vinte minutos, passaram a ser de, no máximo, 40 minutos. As datas continuam mantidas para as outras 25 formaturas programadas e devem seguir a orientação da vigilância de ser curtas. Também precisam ter ventilação, álcool gel nas entradas e uma equipe médica para possíveis necessidades.
Outras universidades
As formaturas da UFSC não são as únicas a sofrer mudanças por causa da gripe A. Universidades particulares de diferentes regiões do Estado também fizeram ajustes nas cerimônias. Em geral, elas cumprem orientações de órgãos de saúde para evitar doença.
Em Tubarão, a turma de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) formou-se em cerimônia reduzida na sexta-feira.
— Não estão aqui as 70 pessoas que convidei, mas estou muito feliz assim mesmo — disse Mirtes Message, 22.
Na cidade, até sexta-feira havia um decreto que proibia eventos com aglomeração de pessoas. A Unisul informou que a turma não quis adiar a formatura.