Como a saúde é ponto crucial para que se tenha qualidade de vida depois dos 60 anos, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realiza uma pesquisa que busca responder a um questionamento: “Quais as condições de vida e de saúde dos idosos moradores de Florianópolis?”
No Brasil, os idosos já somam 13,5 milhões de pessoas, cerca de 8% da população nacional. Em Santa Catarina, vivem 500 mil integrantes desse contiingente.
De acordo com a professora Eleonora d”Orsi, do Departamento de Saúde Pública a UFSC, o estudo leva em conta que as populações idosas apresentam alto índice de doenças crônicas, prevalência de incapacidades físicas e mentais.
Segundo o professor Marco Aurélio, há uma mudança nos padrões de mortalidade da população.
– Por esse motivo o estudo procura levantar os fatores associados à saúde da população, como alimentação e estilo de vida – explica o professor.
O projeto é realizado na zona urbana de Florianópolis, com coleta de dados envolvendo a população de 60 anos ou mais. De acordo com dados do IBGE, são 44.460 idosos na Capital. Os domicílios que farão parte do levantamento foram sorteados. Esses moradores vão receber cartas informando sobre a pesquisa e a chegada das entrevistadoras.
O questionário documenta condições sociais e econômicas, capacidade cognitiva e funcional, dieta e atividade física, qualidade de vida e segurança no bairro, problemas de saúde, uso dos serviços de saúde, uso de medicamentos e outros dados. Há ainda perguntas específicas sobre depressão, memória e quedas.
Violência contra idoso será tema de campanha
Das atividades previstas para a data, em Florianópolis, uma vai chamar atenção para a violência contra os idosos. A prefeitura, em parceria com o Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (Ciaprevi), vai distribuir folhetos alertando sobre as agressões mais comuns sofridas por eles.
São consideradas violência contra os idosos o abandono, negligência, violência psicológica, exploração ou abuso financeiro, violência física, sexual e a auto-negligência, ou seja, quando o idoso se nega a receber assistência e nada é feito.
Em 2008, a Secretaria de Assistência Social e Juventude registrou 394 casos por negligência, 214 por agressão psicológica e 177 por abuso financeiro. Em São José, na Grande Florianópolis, os 18 Centros de Saúde e a Policlínica do Bairro Campinas terão programação especial.