Os ministérios da Educação e da Saúde anunciaram a criação de 2 mil vagas em cursos de residência médica até 2011 — aumento de 117% em relação às atuais 1.700 vagas por ano. O governo ampliará as vagas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, consideradas prioritárias, e aceitará propostas de instituições de ensino do Sul e Sudeste.
Ao mesmo tempo, o MEC estimula a criação de mestrados profissionais associados às residências médicas, que equivalem a um curso de especialização. A ideia é que residentes possam simultaneamente cursar as disciplinas de mestrado profissional.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou ontem edital para que instituições interessadas em oferecer a nova modalidade de mestrado apresentem seus projetos. Os cursos devem começar ano que vem.
A ampliação da residência médica e a oferta de mestrados profissionais fazem parte da estratégia do governo de atrair e fixar médicos para as regiões menos desenvolvidas. Mesmo oferecendo salários mais altos, prefeituras enfrentam dificuldade para recrutar médicos.
Das duas mil novas vagas, mil deverão ser criadas ano que vem, em instituições que já oferecem essa modalidade. As outras mil serão abertas em 2011, em instituições que hoje não contam com residência médica.
O custo inicial será de R$ 145 milhões por ano. Um curso de residência médica dura cerca de três anos. Ao todo, o governo paga bolsas de R$ 1.900. Há atualmente 5.149 bolsistas