Caro presidente da Apufsc,
Sei que não tens tempo para ouvir uma antiga professora da UFSC, tão aparentemente desligada de tudo que tenha a ver com universidades, especialmente aquela na qual se aposentou faz 15 anos. Mas, hoje, ao ler teu mais recente manifesto, depois de acompanhar atentamente pela internet e publicações, tudo que vem acontecendo na Apufsc nestes anos todos, me sinto compelida a te enviar uma palavra do mais sincero elogio e respeito pela dignidade que tens provado a frente da Apufsc, que honra a classe docente universitária no Brasil, e que me faz recordar ainda mais vivamente toda a indignidade que tem caracterizado pequenos grupelhos de ex-colegas, capazes de qualquer coisa para assegurar seus interesses particulares de pífio poder, status e dinheiro, inclusive calando, sufocando e matando as boas intenções, ações e realizações de quase uma categoria inteira na UFSC, durante décadas.
As podres patifarias da auto designada “esquerda” na UFSC, que agora a tua gestão frente a Apufsc, começa a escancarar, perpassou a Associação dos professores e estende-se por muitos setores acadêmicos, onde, do meu “canto” no centro de educação, fui testemunha, mas não me considero vítima, porque nunca me deixei enganar pelo discurso “socialista” de alguns, pela falsa competência acadêmica de outros, pela estupidez maldosa e grosseira quase generalizada da maioria, impondo a mim mesma e aqueles muitos alunos e poucos colegas com quem convivi de perto, uma resistência silenciosa, mas atuante, frente a indignidade reinante, que da antiga sala 12 do MEN, ou do porão onde o Núcleo de Alfabetização Técnica (NAT-MEN-CED) esteve alojado, deixou um rastro de vivência universitária produtiva e eficazmente igualitária.
Mas não passei por isso sem ser profundamente afetada, a ponto de desejar sentir-me longe, o mais distante possível dos pares docentes da universidade, especialmente de suas políticas ditas vanguardistas. Tem o grupo que está hoje dirigindo os destinos da Associação de Professores da UFSC a responsabilidade por meu tímido retorno.