Em assembléia realizada na última quinta-feira, dia 19, os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram aprovar a deflagração de greve a partir desta terça-feira, dia 24, em protesto contra o corte da URP de seus salários. A decisão foi tomada por unanimidade por 105 votos a favor e uma abstenção.
Até o momento, o corte recaiu sobre o salário de 500 servidores da UnB, entre eles, professores e funcionários (técnico-administrativos). O total de professores prejudicados somou-se 316, sendo a maioria deles recentemente contratados.
Os docentes da UnB recebiam o ganho judicial há cerca de 20 anos e o valor era pago para todos os seus servidores, inclusive os contratados depois de 1989.
Recentemente, no entanto, o TCU fez uma recomendação de que a forma de cálculo para o pagamento deveria ser alterada, recaindo apenas sobre o vencimento básico e os anuênios dos servidores mais antigos. O TCU também queria o corte da URP para os contratados depois de 2006. No dia 1º de setembro passado, o reitor da UnB publicou ato administrativo suspendendo o pagamento isonômico da URP.
O presidente da Associação dos Docentes da UnB, Flavio Botelho, informa que a luta é para garantir o cumprimento de uma liminar emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que garante o pagamento com isonomia.
Segundo um dos coordenadores gerais do Sindicato dos Trabalhadores da UnB (Sintfub), Luiz Carlos de Sousa, o Ministério do Planejamento está dificultando o pagamento da forma determinada pelo STF. Souza diz ainda que os técnico-administrativos devem seguir o exemplo dos professores e também deflagrar greve. Eles realizam assembléia nesta quarta-feira, dia 25, para decidir sobre o assunto.