A Procuradoria da República de Chapecó pedirá explicações à Universidade da Fronteira Sul (UFFS) sobre os critérios usados para a aprovação de 14 professores no último concurso feito para preencher 165 vagas nos seis campi da instituição espalhados por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Opedido de explicação será feito em um procedimento administrativo instaurado no último dia 27 pelo procurador da República de Chapecó, Renato de Rezende Gomes, com base em e-mails que recebeu dos professores gaúchos Sérgio Ricardo Silva Gacki e Elenilton Neukamp. No final do ano passado, os dois foram reprovados na prova didática do concurso da UFFS, que teve 3 mil candidatos concorrendo a 165 vagas.
Neukamp disputou uma vaga em Filosofia da Educação no campus de Chapecó. Reclama que, entre os aprovados, 14 têm algum tipo de ligação com as universidades de Santa Catarina. Gacki prestou concurso para professor no campus de Cerro Largo. Diz que, mesmo antes de os resultados das provas serem homologados, no final de dezembro, Antônio Inácio Andrioli – que fez o concurso e foi aprovado – foi nomeado diretor do campus de Cerro Largo (RS).
Andrioli disse que sua nomeação foi legal. Segundo ele, não foi necessário esperar a homologação do resultado do concurso porque o cargo que ocupa não tem a ver com o cargo de professor.
O reitor da UFFS, Dilvo Ristoff, declarou que dará as explicações exigidas. Nas próximas semanas, a universidade receberá o pedido e terá prazo de dez dias para responder. O procurador Gomes poderá dar três destinos às explicações: arquivá-las, se considerá-las satisfatóriasd+ pedir complementação, se julgar que existem pontos a serem esclarecidosd+ ou abrir uma ação civil pública, se achar que houve irregularidades.